Resumo da obra: “ A Econômia das Trocas Simbólicas.”

Pierre Bourdieu ao analisar o pensamento de seus contemporâneos e, em particular, o de Durkheim , faz uma reflexão sobre a concepção estruturalista. Para essa corrente de pensamento as estruturas da sociedade já estão “prontas”, uma estrutura “estruturada”, ou seja, devemos lidar com as relações levando em conta o que já existe. As estruturas que determinado meio cultural cria, é que determinaria as formas de convivência.
Bourdieu critica essa visão objetivista dos estruturalistas por não reconhecerem o papel dos agentes sociais e subordinarem a ação simplesmente a um sistema previamente estruturado. Para Bourdieu a todo um “jogo” simbólico entre os agentes de uma sociedade, esse jogo se da entre posição e situação e esses dois polos estão intimamente ligados, chegam mesmo a ter semelhanças. Há uma busca por ascensão de parte a parte. As relações que se colocam entre classes sociais não devem ser olhadas apenas relativamente as estruturas, os agentes se movimentam sim em busca de legitimar sua posição, por exemplo a burguesia, ou buscar superar uma situação (proletários).
Claro que Bourdieu reconhece que os agentes, de certa forma, também estão “presos” ao Habitus, daí por que agem de tal maneira, buscam determinados objetivos, etc. Ao lado desse habitus, está a distribuição desigual dos bens materiais e simbólicos que acabam justificando uma certa posição de classe, mais vale o ter, do que o ser! As conquistas sociais passam a ser simbólicamente “naturais.” Esse simbolismo resignifica os grupos dominantes, tornando-os culturalmente e econômicamente legitimos. Isso percebe-se facilmente (roupas, casas, escolaridade,etc), ou seja, é natural que eles estejam onde estão (no poder), que se vistam como se vestem (muito bem), etc. Os que ocupam a posição de dominates faram de tudo pra lá se manterem.
Enfim, digamos que posição e situação se traduzem em, dominantes e dominados! Os aspectos simbólicos, o Habitus e o cultural passam a realizar dentro da estrutura, imposições econômicas de um grupo, em detrimento de outro.

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